Em frente que atrás vem gente





Desde os 7 meses Anita já sabe responder: - quantos anos você vai fazer? Imediatamente levanta o dedo e mostra: - um!
Mas agora ela já fez 1 ano e tudo parece se acelerar.
Anita anda perfeitamente, sem balançar, começou aos 11 meses e aos 12 é a firmeza em pessoa.
Também está falando com muita exatidão, dirigindo-se às coisas que quer e pedindo tudo pelo nome. Por exemplo, chupeta é pepeta, bode é bode, coco é àgua de coco, coca é coca-cola (embora não oferecemos nunca para ela, de algum modo mítico ela compreende que é uma bebida interessante), Joge é Joyce, bobó é vovó, dadá é a vó Dadá e didi, a tia Didi. Fala com convicção lanlan, que é Alan, cáca quer dizer Clara, juba é Julia, papato é sapato, bãn é banho, boba é quando ela bate em algum lugar e machuca e então dirigi-se ao agressor e diz boba. Aprendeu a dizer lua, bebelo é cabelo, abí é abrir.
Enfim, vasto repertório, quem diria?!
Outra coisa, ela agora acorda e em vez de chorar chama mama-nhêeeee....
Bom de ouvir.
Anita faz bastante mal criação, não sei de onde vem , mas se contorce toda, jogando-se para trás, cena de teatro dramático. Batizamos o ato como invertebrar. A aplicação na frase é: - Ih, Anita, invertebrou!
A questão é que agora, com 1 ano, as vontades dos pequenos seres humanos começam a ganhar espaço e eles descobrem que podem querer ou não querer. E aí, já era porque a palavra não vira a rainha do vocabulário e qualquer tentativa de promover a educação é o motivo certo para o não.
Estamos pensando em colocar a Anita de imediato numa escola, principalmente por entender que esta é uma fase importante do começo da vida, em que a criança está muito ativa e precisando de movimento, atividades, interação com outras crianças e coisas afins.
À princípio, ela entraria no colégio com 2 anos, quando em geral as escolas começam a aceitar as crianças, mas estamos vendo que talvez o momento seja agora, com 1 ano mesmo.
Com esta idade, muitas vezes não há escolas e sim creches e, neste caso, não nos interessa muito, porque Anita ficaria com babás e não com professoras, pensamos que é importante já haver um sentido de aprendizado e, sendo assim, a prática da brincadeira direcionada por alguém que compreende o sentido pedagógico faz mais sentido.
Vamos ver, ainda estamos pesquisando o melhor lugar, o ideal é que não haja muitas criançar na turma, para que Anita possa ser melhor cuidada e observada e o horário que queremos é o do turno da tarde. Pela manhã, Anita tem frequentado o baixo bebê aqui da Lagoa e algumas vezes o parque do Jardim Botânico.
Nós vamos muito à praia com ela, é maravilhoso, Anita fica chamando a onda (aliás, é outra palavra que ela fala perfeitamente).
Em resumo, Anita, com 1 ano, está com todo o vapor, locomotiva pequena, mas potente, percorrendo os caminhos que outrora eram de chão, mas que hoje são asfalto alemão, de velocidade extrema, aprendizado que não quer perder uma fresta de tempo, geração veloz e àvida por conhecimento.
Eis nossa filha, sempre em frente que atrás vem gente!